Às minhas avós, que nenhuma voz tiveram, e a todas das outras que durante décadas não se calaram e que permitiram que hoje estivesse aqui, em liberdade, a escrever isto, vou honrá-las dia 10, votando.
A propósito da comemoração do Dia Internacional da Mulher, durante uma aula onde se falava sobre os direitos conquistados pelas mulheres após a revolução de abril, um aluno comentou que eu tinha sorte, porque não precisei de conquistar, nem lutar por nada. Entendo o que ele me quis dizer, no entanto tenho de discordar.
É impossível não me lembrar que há 50 anos as mulheres portuguesas não tinham direito de voto, não podiam sair do país ou trabalhar sem autorização do marido e muitas eram espancadas, agredidas, violentadas e não podiam pedir o divórcio. Tenho muito orgulho das mulheres do meu país, mulheres que, apesar de tudo, não desistem. Lembro-me especialmente das minhas avós, analfabetas, com muitos filhos para cuidar, num tempo em que era ainda mais difícil ser-se mulher. Num tempo em que tinham de aguentar caladas a violência e os maus-tratos, num tempo onde ainda não tinham voz, ou pelo menos uma voz igualitária.
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