A Arquitetura da Queda: Os Partidos Pequenos e o Declínio Inevitável dos Grandes

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A Arquitetura da Queda: Os Partidos Pequenos e o Declínio Inevitável dos Grandes
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Este artigo lança uma análise crítica sobre o estado da política portuguesa, focando na instabilidade política e no futuro dos partidos. Argumenta que a união entre partidos de menor expressão e os grandes partidos pode ser prejudicial a estes últimos, levando ao declínio do seu prestígio e influência.

A dissolução da Assembleia da República, após a moção de confiança proposta por Luís Montenegro, esvaziou qualquer dúvida sobre o bloqueio político e institucional em que Portugal se encontra. Surge, como inédito desafio, a necessidade de ultrapassar esta fase de mediocridade política e descrédito partidário.

Uma série de circunstâncias, com a contribuição da Procuradoria-Geral da República e do Presidente da República, degradaram os partidos do centro, que não vislumbram alternativas credíveis a Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. Neste contexto, os partidos de menor expressão, tanto à direita como à esquerda, adquirem uma nova dimensão. Com equipas negociais reforçadas, tentam alcançar uma posição de coligação ou acordo de incidência parlamentar, o que, por consequência, legitimaria um novo mandato de PS ou PSD. Atualmente, a união entre PSD e Iniciativa Liberal à direita, e entre PS e Livre (com outras formações a completar o panorama, dado que ambos os partidos, segundo as sondagens mais recentes, não se sustentam por si, para superar uma coligação AD + IL) destacam-se como opções mais atrativas. Ante este cenário, em que os pequenos partidos estão a preparar-se para substituir os partidos maiores, aconselha-se que não o façam. As consequências da união entre partidos, como a responsabilidade histórica do PCP e do BE pela ascensão de António Costa ao poder, deparam-nos com inúmeros exemplos. Tanto o PCP como o BE sofreram com o custo eleitoral da governação, resultando num PCP subjugado e numa perda de relevância e vozes independentes. No caso do BE, uma sucessão de casos reprováveis do ponto de vista ético e o crescimento do Livre (legitimados pela aglomeração de partidos de esquerda no acordo de incidência parlamentar) mantiveram o crescimento partidário em baixa. A situação do Chega confirma este cenário. Após os casos bizarros e gravosos encontrados entre deputados e militantes do Chega nas semanas antecessores às moções de censura ao governo, uma associação do Chega com o PSD nesse momento desgastaria cada vez mais a credibilidade do Chega junto dos eleitores indecisos. A Raiva e SuspeitaACTERA Que o Chega não esteja coligado, muito mais devido à vontade irredutível do 'não é não' de Montenegro do que pela astúcia política de André Ventura, tem permitido que a conjuntura e o timing da suspeita da atividade da Spinumviva favoreçam o Chega em dose dupla. Abafou a atenção mediática dos casos do Chega, que dominavam a agenda da comunicação social nas semanas anteriores, e veio reforçar a narrativa sobre a falência moral e a natureza corruptível dos políticos de carreira. Qualquer partido que se una aos partidos do centro num momento de instabilidade política como este estará condenado a ser arrastado para a descredibilização em praça pública, uma situação que se perpetuará ao longo dos próximos anos e, em última instância, irá ferir os interesses dos parceiros de coligação ou acordo de incidência parlamentar.

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