O jornalista e escritor acompanhou nos últimos 50 anos os grandes acontecimentos em Espanha e analisa para o DN a recente saída do rei emérito Juan Carlos do país. Acredita que tanto os governos como a comunicação social foram cúmplices do que aconteceu em torno do ex-monarca e confia numa revisão constitucional que acabe com a inviolabilidade do rei. No seu último livro, La Ruptura, fala do fim do juancarlismo.
Existia muita pressão por parte do governo para que Felipe VI tomasse alguma decisão?
Não falaria de pressões, diria antes que houve comentários. Mas tudo foi tratado sem transparência. Estamos no território das hipóteses. Eu tenho sempre em conta a presunção de inocência, não há um processo judicial aberto, mas o assunto parece bonito. Tudo tem sido mal gerido."Matar" o pai não é a solução.
O apoio do presidente do governo à monarquia afasta por agora um possível referendo sobre esta instituição? Penso que não vamos ter um referendo por agora, mas em algum momento vai ser preciso fazer alguma consulta popular. O que deve ser feito é uma reforma da Constituição. Não vamos ter referendos sobre a independência com perguntas de sim ou não na Catalunha ou se querem a monarquia, sim ou não. Iremos fazer consultas mas sem esse valor definitivo.Algo se rompeu. Desde a viagem ao Botswana, a monarquia perdeu muito apoio dos cidadãos.
Três coisas. Dinheiro, o principal motivo na vida desta aventureira. Vingança, porque sentiu-se maltratada. E defende-se porque é ela quem está a ser investigada. Parece incrível que a um Estado forte e democrático como o espanhol possa magoar tanto esta mulher.Sem dúvida. Fomos todos cúmplices. Nos tempos em que o general Sabino Fernández Campos era chefe da Casa Real contou-nos muitas coisas sobre o que fazia Juan Carlos.
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