A primeira impressão ao lermos alguns escritos de Adília Lopes pode ser de que estamos perante uma redação da quarta classe.
de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira), foi por volta do ano 1999 ou 2000, na esplanada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, quando uma amiga me mostrou um livro com uns versos estranhos:chantilly lhe soa a Chamilly»
Só muito mais tarde vim a saber que o tal livro era uma espécie de variação sobre um clássico das letras de 1669,, atribuído a Mariana Alcoforado, uma freira de Beja que se teria apaixonado perdidamente por um oficial francês, de seu nome Chamilly, a quem escreveu essas cinco cartas de amor não correspondido., um título que volta e meia ainda me suscita um sorriso. Aos poucos, a minha opinião sobre Adília foi-se modificando.
A obra de Adília vai-se desenrolando num ambiente familiar, doméstico – caseiro, mesmo –, com as minudências e os objetos mais corriqueiros do dia-a-dia a assumirem o seu lugar na ordem do mundo..
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