A tragédia libanesa

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A cratera de 43 metros de profundidade no porto de Beirute é um símbolo da situação em que o Líbano se encontrava após a explosão mortal do nitrato de amónio guardado num armazém. Parece que todo o país está dentro daquela cratera, a tentar sair, à procura do caminho para chegar à superfície. Se não conseguir, todas as vítimas da tragédia limitar-se-ão a ser adicionadas ao número daqueles que sofreram nas explosões, guerras e ataques anteriores. E nada mudará.

O Líbano vive num estado de permanente divisão desde o momento em que alcançou a independência em 1943. O país fazia parte do mandato francês, que lhe foi conferido pela Liga das Nações após a Primeira Guerra Mundial, juntamente com a Síria. Ao mesmo tempo, o Reino Unido ficou com uma porção muito maior do Médio Oriente.

Normalmente, quando se está perante tais divisões, todos tentam estabelecer-se como governantes de determinado território, o que levaria à partição. Mas o Líbano nem sequer isso pode fazer, porque existem muitos grupos separados, que não seriam capazes de sobreviver por si próprios.

É um círculo vicioso que impede o povo do Líbano de sair e estabelecer um movimento político que possa mostrar o caminho. O poder já está dividido, está nas mãos dos velhos grupos políticos e nacional-religiosos que não vão deixá-lo fugir. De acordo com sondagens recentes, cerca de 60 mil libaneses gostariam que o Líbano retornasse ao protetorado da França. Isso não vai acontecer, mas é um sinal significativo de quão desesperante é a situação naquele país. A recente explosão deu início a uma nova ronda de incertezas, não é a primeira e não será a última, obviamente.

A estabilidade do sistema político é o principal problema, sem a qual ninguém pode começar a construir qualquer tipo de sociedade democrática. No estado de instabilidade, como ocorre frequentemente no Médio Oriente, apenas grupos religiosos e nacionais estritamente separados podem sair beneficiados, mas a conta terá de ser paga por todos os cidadãos.

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