Luís Pais Antunes, ex-secretário de Estado do Trabalho, salienta a importância de um acordo salarial que inclua todos os parceiros sociais na Concertação Social. As negociações estão em curso e o antigo ministro reconhece as incertezas internacionais como fator influenciador.
Um dos temas mais quentes, neste momento, na Concertação Social é o acordo sobre valorização salarial. Acredita que é possível chegar a um consenso entre os parceiros sociais? Muito mais do que isso, não poderei dizer. As negociações estão a decorrer.. É cedo para dizer que não há acordo. É cedo para dizer que há acordo.. Uma parte das incertezas em que vivemos, não apenas nacionais, mas também internacionais, justificam-no.Este não é um novo acordo.O acordo foi revisto pelo Governo há um ano.
Agora há uma revisão da revisão, mas que tem uma natureza diferente, porque é um Governo diferente e porque parte de um ponto que é o facto de há um ano a CIP ter ficado fora do acordo, o que já não acontecia há muito tempo. É uma atualização do ponto de vista formal, mas é um novo acordo na prática, ou não?Qualquer revisão de um acordo existente acaba por ser um novo acordo . O acordo que foi celebrado era para a legislatura e ia até 2026. O Governo em funções disse que iria respeitar esse acordo e que acha que pode ser útil propor um entendimento.. Em condições normais, os acordos de longo prazo, as metas claras e definidas para um futuro alargado são uma vantagem. Mas a evolução da sociedade, a dinâmica da economia, a própria situação geopolítica obrigam praticamente todos os anos a afinar um bocadinhoFicar um parceiro de fora de um acordo de Concertação é sempre um falhanço. É um falhanço para o Governo, para os parceiros do lado sindical, para os parceiros do lado patronal. Os sinais que viu destas primeiras reuniões apontam para que haja um acordo e um regresso da CIP a esse acordo? Não consigo, não quero e não posso responder a essa questão, porque acho que não dev
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