A Administração Trump despediu mais de uma dezena de procuradores que participaram em investigações a Donald Trump, incluindo o caso do ataque ao Capitólio e as suspeitas de desvio de documentos classificados. A decisão justifica-se por falta de confiança no trabalho dos magistrados, mas pode ser contestada nos tribunais. As mudanças no Departamento de Justiça incluem a transferência de responsáveis para unidades com foco em imigração e a restrição de investigações em áreas como direitos civis e crimes ambientais.
Jack Smith, ex-procurador especial que liderou duas investigações a Donald Trump , saiu antes do regresso do republicano à Casa BrancaA Administração Trump despediu esta segunda-feira mais de uma dezena de procuradores que participaram em duas investigações criminais ao agora Presidente norte-americano.
A outra investigação tinha como objecto as suspeitas de desvio e posse ilegal de documentos classificados que as autoridades federais apreenderam na residência do republicano em Mar-a-Lago, na Florida, após a sua saída da Casa Branca. O caso foi também arquivado em 2024, com um juiz federal a contestar a legalidade da nomeação do procurador especial.
No mesmo dia, Corey Admundson, o mais alto responsável do Departamento de Justiça na área da luta contra a corrupção, demitiu-se após recusar uma ordem de transferência semelhante. O, que noticia o afastamento de Weinsheimer e Admundson, interpreta as mudanças como uma tentativa de reforço do controlo da Casa Branca sobre o Departamento de Justiça.
Ao mesmo tempo, estão a ser transferidos procuradores para zonas próximas da fronteira com o México, em linha com a reorientação geral do Departamento de Justiça para execução dos planos da Administração Trump de deportação de milhões de imigrantes em situação irregular. Simultaneamente, vigora uma ordem geral de congelamento de contratações que, dizem fontes judiciais ao WSJ, coloca em causa o funcionamento de vastas áreas do Departamento, dado um recente avolumar de saídas. Um dos gabinetes sob pressão é o que investiga as práticas anti-concorrenciais do sector tecnológico em São Francisco.
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