Fertilidade: Afinal, os espermatozóides não nadam como se acreditava há quase 350 anos
Foi em 1678 que o cientista alemão, pioneiro em microbiologia, Antonie van Leeuwenhoek decidiu analisar o seu próprio esperma, utilizando um dos primeiros microscópios, construído por si. Dessa análise, resultou a descrição docomo possuindo uma “cauda que, ao nadar, serpenteia, como enguias na água”. Até hoje, essa foi sobretudo a forma de encarar a mobilidade do espermatozóide.
Recorrendo à microscopia em 3D e à matemática, os investigadores Hermes Gadêlha, da Universidade de Bristol, Gabriel Corkidi e Alberto Darszon, da Universidade Nacional Autónoma do México, conseguiram reconstituir o verdadeiro movimento do espermatozóide em 3D.
O facto de a ciência andar enganada há quase 350 anos sobre o verdadeiro movimento dos espermatozóides deve-se à ilusão de simetria criada pelos microscópios 2D, dada a rotação extremamente rápida e sincronizada destas células.
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