A Procuradoria-Geral da República de El Salvador pronunciou o antigo presidente salvadorenho Alfredo Cristiani pelo célebre massacre, em 16 de novembro de 1989, na Universidade Centroamericana José Simeón Cañas (UCA), em San Salvador, de seis sacerdotes jesuítas, entre os quais o destacado ideólogo espanhol da Teologia da Libertação, Ignacio Ellacuria.
Cristiani, que fugiu de El Salvador em março do ano passado, após a reabertura do processo, e é também investigado por corrupção e enriquecimento ilícito no seu mandato, é acusado, com sete comandantes militares e um advogado, dos crimes de homicídio, conspiração para cometer atos de terrorismo, fraude processual e encobrimento, indica o jornal salvadorenho"La Prensa Gráfica".
De acordo com a síntese dos acontecimentos feita pela organização The Center for Justice & Accountability , sediada em S. Francisco, nos Estados Unidos, na madrugada desse 16 de setembro, um comando militar entrou na UCA, abrindo caminho pelo Centro Pastoral. Já a caminho do processo de paz, assinado em 16 de janeiro de 1992, entre o Governo e a FMLN , em setembro de 1991 um tribunal julgou nove militares como autores materiais do massacre. Contrariando as denúncias de organizações de direitos humanos, os autores materiais não foram levados à barra.
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