Presidente do coletivo de juízes manifestou incompreensão pela acusação e afirmou que 'o tribunal não pode imputar culpa aos arguidos'. Em causa estavam crimes de maus-tratos a dois utentes do lar.
Um antigo presidente do Lar Santa Isabel de Gaia, a diretora técnica e duas funcionárias, que estavam acusados por maus-tratos a dois utentes, foram, esta terça-feira, absolvidos pelo Tribunal São João Novo, no Porto.
“O tribunal não pode imputar culpa aos arguidos”, afirmou o presidente do coletivo de juízes durante a leitura do acórdão.a haver culpados esses seriam os auxiliares de ação direta ou corpo clínicoO lar, o antigo presidente e a diretora estavam acusados de dois crimes de maus-tratos, enquanto duas encarregadas de setor estavam indiciadas de um crime cada.
A acusação do Ministério Público sustentava que dois utentes, em situação de total dependência de terceiros, daquele lar foram internados em 2020 num hospital “com sinais evidentes de desidratação imputáveis à insuficiente prestação de cuidados a que foram sujeitos”.
Em julgamento, o ex-presidente do lar e a diretora técnica afirmaram não compreender o porquê de estarem a ser julgados.Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos. Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.
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