Bairro das Estacas: antifascismo retroactivo

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É falsa a ideia que a esquerda alimenta de que até ao 25 de Abril tudo o que os arquitectos fizeram foi combater o Estado Novo. Na verdade conviveram bem, usaram-se e promoveram-se uns aos outros.

Admito que possa acontecer, mas é raro ver a esquerda portuguesa abdicar de uma ocasião para exibir a sua espantosa idiotia. O Bairro das Estacas, em Lisboa, não foi uma dessas raridades. Falei dele como exemplo de como se pode construir mais barato e com boa qualidade. Ou melhor, pode, mas não pode, porque as regras não deixam.

Os factos não limitaram a fantasia de alguns textos circunspectos, onde se lê que o bairro “ousou desafiar a arquitectura do Estado Novo, quando o país vivia sob a ditadura”; e que “rompeu com o gosto do Estado Novo”, “afastando-se de uma arquitectura de regime para ir em direcção ao modernismo”. Nada disto faz o mínimo sentido.

O CIAM , responsável pela definição do “estilo internacional”, considerava a arquitectura e o urbanismo como um “potencial instrumento político e económico”, que devia ser usado pelo Estado para “promover o progresso social”. Em 1933, o CIAM produziu a Carta de Atenas, escrita por Le Corbusier e baseada na IV Conferência, que determinou o urbanismo modernista com fórmulas e regras para serem aplicadas internacionalmente.

Dizendo as coisas de outra maneira: pela aspiração à hegemonia mundial, pelo racionalismo tecnocrático, pela monumentalidade, pela ideia de que o estilo é inseparável da função, pela rejeição da escala humana e da linguagem individual, por toda a brutalidade do racionalismo, os princípios modernistas foram a corrente oficial totalitária por excelência. Serviram Hitler, Mussolini, e setenta anos de Rússia soviética.

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