Banco de Portugal reforçou o dinheiro posto de parte para situações de risco, o que penalizou os resultados em 2022. A partir de agora, não antecipa pagar dividendos
Ao mesmo tempo que os bancos comerciais têm vindo a abrilhantar os lucros devido ao ambiente de crescimento abrupto das taxas de juro, os bancos centrais começaram a ser penalizados por esse comportamento. E o Banco de Portugal é um caso.
A quebra até devia ter sido mais pronunciada devido ao impacto do aumento das taxas de juro no mercado. Mas,tinha contado, uma das ajudas para as contas foi a prescrição das notas de escudo ainda existentes que, desde o ano passado, já não podem ser trocadas e, por isso, a autoridade monetária já não tem a obrigação de reembolsar. Foi um contributo positivo de 94 milhões de euros.
Porém, tendo em conta o ambiente monetário em curso, com o Banco Central Europeu a subir os juros e a retirar as grandes medidas de apoio monetário como a compra de dívida, os lucros do supervisor poderão desaparecer, e daí não se antecipam dividendos, como já tinha sido avançado.Para esta descida dos resultados contou também o dinheiro que o banco põe de lado na provisão para riscos gerais.
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