Biden vs Trump: Quem Merece o Crédito pelo Cessar-fogo de Hamas e Israel?

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Joe Biden e Donald Trump debatem-se sobre o crédito pelo acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, com ambos a reivindicar o sucesso da negociação. O artigo analisa as intervenções de ambos os presidentes e como a sua disputa reflete disputas políticas históricas nos EUA.

O Presidente Joe Biden afastava-se do pódio, onde tinha acabado de anunciar, esta quarta-feira, o acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel . De entre os jornalistas à sua frente, é atirada uma última pergunta: “Presidente Biden, de quem é o crédito do cessar-fogo? Biden ou Trump ?”.

Biden olha por cima do ombro e, com um sorriso irónico, responde apenas: “Isso é uma piada?” Enquanto Biden escolheu a ironia para reclamar os créditos pelo acordo, o Presidente eleito Donald Trump foi bem mais efusivo. Em primeiro lugar, foi o primeiro Chefe de Estado a confirmar as informações avançadas pelos media, de que Israel e Hamas tinham chegado a acordo. Logo a seguir, numa nova publicação na Truth Social, deixou claro que vai assumir toda a responsabilidade pela trégua. “Este acordo de cessar-fogo ÉPICO só podia ter acontecido como resultado da nossa Vitória Histórica em Novembro”, escreveu. Fontes próximas das negociações confirmam que a entrada em cena do enviado especial de Trump, Steve Witkoff, terá pressionado o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. “Alcançámos tanto sem sequer estarmos na Casa Branca. Imaginem todas as coisas maravilhosas que vão acontecer quando eu regressar à Casa Branca”, continuou o Presidente eleito na mesma publicação.Enviado de Trump usou linguagem “apimentada” para marcar reunião com Netanyahu e o acordo de cessar-fogo terá ficado mais perto. Mas se a intervenção de Trump nas negociações se fez sentir nos últimos 15 dias, a intervenção de Biden fez-se sentir nos últimos 15 meses. E o Presidente cessante recusa-se a sair da Casa Branca sem ter o acordo inscrito no seu legado. Na conferência de imprensa, Biden sublinhou a “pressão” que os Estados Unidos têm vindo a exercer desde o ataque de 7 de outubro: contra o Hamas, contra o Hezbollah ou contra o Irão. “Eu defini os contornos precisos deste plano no dia 31 de maio de 2024, que depois foi apoiado de forma unânime pelo Conselho de Segurança da ONU”, destacou Biden. “A minha diplomacia nunca cessou os seus esforços para fazer isto”, acrescentou. Quando foi questionado diretamente sobre o papel de Trump nas negociações, relembrou que foi a administração democrata a “desenhar” o acordo, mesmo que vá ser a administração republicana a “executá-lo”. Além disso, declarou que tinha sido a sua equipa a contactar a equipa de transição de Trump, para que pudessem articular os esforços para as negociações no Qatar. “Nos últimos dias, falámos como uma equipa. Com uma só voz”, garantiu.O primeiro-ministro qatari Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e o primeiro a confirmar o acordo em conferência de imprensa o acordo, também elogiou a colaboração bipartidária da delegação norte-americana. Biden põe os olhos nos últimos 15 meses para reclamar o crédito por este acordo. Já Donald Trump, pôs os olhos no futuro, prometendo aproveitar o ímpeto do cessar-fogo para desenvolver a sua política externa. “A minha equipa da Segurança Nacional, através dos esforços do enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, vai continuar a trabalhar de forma próxima com Israel e como os nossos Aliados”, escreveu na Truth Social. O objetivo final? Aplicar o princípio de “paz pela força” em toda a região.O braço de ferro entre um democrata cessante e um republicano eleito pelo legado da resolução de uma crise de reféns desenterra memórias da História norte-americana. Em 1981, Ronald Reagan tomou posse no mesmo dia em que 52 reféns na embaixada norte-americana em Teerão foram libertados, depois de 444 dias de cativeiro. “Estão livres agora”, declarou Reagan então. Para trás, ficou o último ano da presidência de Jimmy Carter, afundado em esforços diplomáticos falhados, que contribuíram para o fim da sua estadia na Casa Branca. Agora, 44 anos volvidos, sobreviventes da crise em Teerão aproveitaram a morte do antigo Presidente para recordar o seu papel na eventual resolução. No final, a História parece ter limpado o legado de Carter. Da mesma forma, só a História poderá dizer a quem pertence o legado do cessar-fogo do dia 15 de janeiro de 2025.

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