Numa bela edição do Festival de Cannes, o domínio das ficções não impediu a presença de alguns magníficos trabalhos documentais.
, lembremos uma evidência histórica: esta é, de facto, uma das montras globais das ficções cinematográficas. O certo é que isso não exclui o reconhecimento de que o género documental continua a ocupar espaços importantes no festival, inclusive na competição para a Palma de Ouro, ou ainda, por exemplo, no espaço Cannes Classics
Este ano será inevitável destacar a presença do monumental “The Youth”, do cineasta chinês Wang Bing, na secção competitiva.
Vale a pena acrescentar que outro dos grandes filmes incluídos na secção competitiva — “Les Herbes Sèches”, do turco Nuri Bilge Ceylan —, sendo uma ficção hiper-elaborada sobre um professor numa região remota da Turquia , não deixa de possuir elementos de natureza documental. Aliás, curiosamente, esses elementos decorrem também do facto de a personagem central praticar a fotografia .
Dito isto, vale a pena acrescentar que há pelo menos dois títulos — “Il Sol dell’Avvenire”, do italiano Nanni Moretti, e “Perfect Days”, do alemão Wim Wenders — que possuem um forte apelo universal, resultante do carácter paradoxal das suas histórias.
Entre as desilusões de Cannes registe-se… um grande filme: “Cerrar los Ojos”, do espanhol Víctor Erice. Porquê desilusão? Porque este regresso de Erice , centrado num actor de cinema que desaparece misteriosamente, merecia, no mínimo, concorrer para a Palma de Ouro… Ficou-se pela secção paralela, extra-competição, de títulos em ante-estreia — esperemos que não demore a chegar aos ecrãs portugueses.
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