Leonor, de 14 anos, e Virgílio, de 80 anos, são dois das centenas de manifestantes que este domingo participam na marcha organizada pela CGTP em defesa do Serviço Nacional de Saúde, em Lisboa.
Virgílio Guerreiro, de 80 anos, a segurar uma faixa da Inter-reformados com a mensagem “reforçar o SNS”, disse à Lusa que participou no 25 de abril, “um dos melhores momentos da vida”, e que, passados 49 anos e conquistas como a saúde pública, não pode aceitar que “o SNS esteja a ser degradado e a saúde empurrada para os privados, para aqueles que têm dinheiro”.
“A saúde é um direito, sem ela nada feito” gritava Maria Pinto ao megafone, a liderar um grupo sobretudo de mulheres da Comissão de Utentes do Bom Sucesso e Arcena . “Ainda assim, o SNS continua a ser a grande resposta para o direito à saúde no nosso país, por empenho dos trabalhadores e porque o povo defende porque sabe que necessita dele, que é um direito e conquista de Abril do qual não podemos prosseguir”, afirmou. Há “riqueza mais do que suficiente para garantir a vida a todos”, adiantou, apontando os fundos que gerem as 20 maiores empresas e grupos económicos.
As duas principais organizações sindicais de médicos – Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato Independente dos Médicos – consideraram, logo no dia, que as medidas não resolvem os principais problemas e poderão mesmo afastar mais profissionais do SNS.
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