“O país não está destinado a qualificações que muitos pensavam ser endemicamente reduzidas, nem à emigração”, defende o governador do Banco de Portugal. Recusando a ideia de que o número de licenciados caiu, Mário Centeno diz que “o mercado de trabalho respondeu” à maior oferta de profissionais qualificados, “criando emprego nos setores com melhores remunerações”
A redução do número de licenciados em Portugal não tem base real e trata-se apenas de um “desvio estatístico”, garantiu Mário Centeno, governador do Banco de Portugal , numa análise macroeconómica do País publicada esta segunda-feira, 4 de setembro.
“Estamos a acumular e a reter capital humano qualificado. Nos últimos vinte anos, a escolaridade dos nossos jovens passou do último lugar na área do euro para os lugares cimeiros . Mas vamos a meio caminho desta revolução silenciosa, que não podemos abandonar”, frisou.o número de pessoas empregadas com ensino superior caiu, no segundo trimestre de 2023, 7,3% face ao período homólogo. Ou seja: menos 128 mil pessoas.
Foi a quarta queda trimestral homóloga consecutiva. Numa altura em que o emprego em Portugal atinge máximos, este parece estar a ser sustentado pelos trabalhadores menos qualificados. Para o BPI, “esta situação deverá ser explicada pela emigração de indivíduos mais qualificados” -Para o governador, esta emigração massiva de jovens qualificados não existe.
Na ausência de fluxos migratórios massivos de entrada de licenciados em plena pandemia, esta evolução não é credível”“Corrigido o desvio, os atuais dois milhões de licenciados correspondem a um aumento, também, de 71 mil por ano desde 2019.
A formação dos nossos jovens e a criação de empregos qualificados não é um processo instantâneo; devemos mostrar toda a nossa temperança”, acrescentou.
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