Pessoas com menor instrução escolar, menos rendimentos e piores indicadores de saúde mental são as que mais jogam.
O estudo"Quem paga a raspadinha?" apresentado esta terça-feira pelo Conselho Económico e Social , em parceria com a Universidade do Minho, conclui que cerca de 100 mil portugueses têm problemas de jogo com a raspadinha. Deste grupo, perto de um terço - cerca de 30 mil pessoas - terá perturbação de jogo patológica.
Quando se tenta perceber a motivação, nota-se que os consumidores mais viciados são os que mais alegam sentir necessidade de comprar raspadinhas para ganhar dinheiro. É a explicação dada por 83% das pessoas que jogam diariamente e 58% das que o faz todas as semanas. Ao mesmo tempo, quem possui apenas o ensino básico tem seis vezes mais probabilidade de ter esse comportamento do que aqueles que têm um mestrado ou doutoramento. Também os mais velhos, com 66 anos ou mais, têm o dobro da probabilidade de jogar, face a pessoas entre a faixa etária dos 18 aos 36 anos.
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