O Chega afirma ter denunciado a existência de malas no gabinete de Miguel Arruda, ex-deputado do partido, à Assembleia da República. A polícia, acompanhada por membros do Chega, realizou buscas no gabinete, apreendendo malas e outros objetos. A Assembleia da República nega ter tido qualquer influência na busca, afirmando que se tratou de uma 'conversa informal'. A Procuradoria-Geral da República confirmou a colaboração com o Parlamento na data para as buscas.
O Chega anunciou que foi o próprio partido a denunciar a existência de malas no gabinete do seu antigo deputado, Miguel Arruda , mas nega que a PSP tenha realizado buscas. A Assembleia da República e a Procuradoria-Geral da República (PGR) falam de 'colaboração no sentido da efetivação de apreensão de malas e objetos'.
Miguel Arruda, ex-deputado do Chega, teria 'quatro a cinco malas' no gabinete que partilhava com Daniel Teixeira e não tentou ir buscá-las na semana passada, entre a constituição de arguido e as buscas no seu gabinete na Assembleia da República. André Ventura, presidente do Chega, diz que as buscas aconteceram porque o partido denunciou a existência das malas no gabinete do seu antigo deputado, mas a Assembleia da República afirma que não passou de uma 'conversa informal' e que não teve influência. A PGR confirma ter combinado com o Parlamento a data para as buscas que culminaram na apreensão de malas, perfumes e outros objetos. Esta terça-feira, André Ventura afirmou que foi o Chega que alertou o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, para a existência das malas no gabinete do deputado Miguel Arruda, e que foi essa denúncia que originou as buscas policiais no Parlamento. Ventura declarou que a denúncia foi feita a Aguiar-Branco na quinta-feira, dois dias depois das buscas nos domicílios do ex-deputado do Chega arguido por suspeitas de furto qualificado. Mas Aguiar-Branco falou de um encontro 'informal' e 'absolutamente irrelevante para a investigação', afirmando que as diligências foram cumpridas com respeito pelo enquadramento legal. No entanto, André Ventura sublinha que 'o que ocorreu no Parlamento não foi uma busca, foi uma denúncia do próprio Chega, foi uma articulação e uma autorização do próprio Chega para que essa apreensão pudesse acontecer'. As autoridades foram acompanhadas pelo vice-presidente da bancada, o deputado Rui Paulo Sousa, acrescentou ainda Ventura. Na terça-feira da semana passada, dia 21 de janeiro, o deputado Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada. Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos quando viajava entre Lisboa e os Açores, no início das semanas de trabalhos parlamentares. A PSP indicou que o deputado do Chega não foi logo detido, porque primeiro era necessário o levantamento da sua imunidade parlamentar. Em sexta-feira, Aguiar-Branco anunciou que Miguel Arruda tinha passado a sentar na última fila entre as bancadas do Chega e do PSD, como já aconteceu em outras situações semelhantes. Fonte oficial do Chega explica que apesar do caso ter sido conhecido na semana passada, desde então o deputado Miguel Arruda não tentou voltar ao gabinete para recuperar os seus pertences. 'Esteve na Assembleia na sexta-feira, mas depois voltou a Ponta Delgada e não temos informação de que tenha tentado ir ao seu gabinete buscar malas ou outros pertences pessoais', esclarece.
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