A vice-governadora do Banco de Portugal admite que possa ser necessária uma revisão das medida extraordinárias do Governo para combater a crise do custo de vida para manter a disciplina orçamental
As políticas orçamentais levadas a cabo a nível nacional não são abrangidas pelas críticas do Banco Central Europeu , esclarece a vice-governadora do Banco de Portugal. Em entrevista ao Negócios e Antena 1, Clara Raposo explica que as medidas do Governo português têm sido direcionadas e temporárias, mas admite que poderão ser necessários ajustamentos.
"O BCE apresentou uma opinião bastante razoável nessa matéria, diria eu, dizendo que as medidas especiais de política orçamental, que durante um determinado período se justificaram quando a inflação surgiu de repente, deveriam ser específicas e muito dirigidas. O que temos feito até agora não está contra aquilo que o BCE diz", sublinha Clara Raposo.
Lembra que, olhando para as previsões do supervisor no que diz respeito à evolução das contas públicas, Portugal é um dos três únicos países da Zona Euro em equilíbrio orçamental, o que revela que"não terá tido uma política particularmente expansionista". A vice-governadora do Banco de Portugal admite, ainda assim, que possa ser necessária uma revisão para manter a disciplina orçamental."Há medidas que se calhar já não são necessárias porque foram [implementadas] num determinado momento para uma correção de valores de 2022", aponta a número dois do supervisor da banca.
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