Nicolas Schmit, comissário europeu do Emprego e Direitos Sociais, reconhece que ″não existe uma posição comum″ na UE sobre a matéria
"Penso que se trata de algo que, progressivamente, está a avançar [...], porque as novas gerações que têm uma certa visão sobre o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal" e"eu estou aberto a isso", afirma o comissário europeu do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, em entrevista à agência Lusa em Bruxelas.
Nicolas Schmit adianta à Lusa que, atualmente na UE,"o maior problema não é tanto o desemprego", mas sim a escassez de mão-de-obra, dado que"muitos setores estão desesperadamente à procura de funcionários e não encontram porque as pessoas não querem trabalhar lá ou porque não têm as competências adequadas".
Em Portugal, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, está previsto um projeto-piloto para testar a semana de quatro dias, de base voluntária e sem perda de rendimento. Entre as principais razões para as empresas não avançarem para a fase de preparação encontram-se o panorama económico mundial, a necessidade de investimento financeiro, a complexidade da sua implementação, enquanto outros registaram que"não é a melhor solução para os problemas" e que os benefícios da medida"não serão grandes" no contexto de empresa.