A procura mundial de carne tem contribuído para a destruição da Amazónia. Nos últimos seis anos, o equivalente a 800 milhões de árvores foram cortadas perto de matadouros daquela região, de acordo com novos números revelados pelo consórcio de jornalismo...
Por Youssr Youssef . Com André Campos , Andrew Wasley, Elisângela Mendonça, Robert Soutar , Jeroen Wester , Karlijn Kuijpers , Carina Huppertz, Dajana Kollig, Julius Bretzel , Eduardo Goulart
Embora a multinacional JBS se tenha comprometido a reduzir a zero as suas emissões de gases com efeito de estufa até 2040, Dom realçou, na sua última colaboração com o The Guardian, que a meta poderia ser alcançada se “a JBS parasse as suas parcerias com fornecedores que contribuem para o desmatamento na Amazónia".
Gado do fazendeiro Ronaldo Rodrigues da Cunha, em Mato Grosso. Captura de ecrã do programa de televisão Pecuária em Foco É hoje considerado um dos maiores pecuaristas do país, embora não seja conhecido apenas por isso. Em 2012, foi investigado pelo Ibama, a agência de regulamentação ambiental do país, e multado em quase 2,2 milhões de reais por desmatamento ilegal na sua fazenda Estrela do Aripuanã, no noroeste de Mato Grosso.
"Esse pasto, onde vivem os brancos, era a nossa aldeia", diz Xinuxi Mỹky, líder da comunidade indígena que viu o seu território ser invadido pelos criadores de gado. Essa fazenda comercializava com um matadouro da Marfrig, em Tangará da Serra “A Amazónia não pode dar-se ao luxo de perder tantas árvores... isso tem implicações globais”, diz Alex Wijeratna, da ONG Mighty Earth. Nos últimos 40 anos, mais de 17% da floresta amazónica foi destruída. Já os cientistas estimam que o “ponto de inflexão” da Amazónia será atingido quando 20 a 25% da floresta estiver desmatada.
Nenhuma das empresas envolvidas contestou a investigação. O distribuidor Makro reconheceu ter tido “problemas no passado” com esse matadouro, sem comentar o novo caso. O supermercado Sligro justificou as suas importações como a necessidade de responder à procura excecional de carne após a pandemia de COVID-19.
A carne viaja da Amazónia, da cidade de Tangará da Serra, para a Alemanha e para a Holanda, mas não é esse o seu destino final. Parte da carne exportada para os Países Baixos é revendida na Europa, ou em outros locais. Trata-se do “efeito de Roterdão”, termo que referencia a cidade portuária que atua como hub internacional. A partir desse ponto, a carne deixa de ser rastreável.
O estudo não fornece números exatos sobre as importações. Além disso, as línguas de vaca cozidas não possuem um código alfandegário que as distinga de outros pratos preparados com carne, o que dificulta ainda mais o rastreio.
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