Como Ursula von der Leyen quer conquistar um segundo mandato

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Depois de cinco anos marcados por uma pandemia e duas guerras, a alemã antecipa a segurança como prioridade de um segundo mandato e não exclui acordos com partidos à direita do seu.

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No entanto, uma série de desafios globais testaram a ambição de Ursula von der Leyen. Desde logo ter de concluir o processo de saída do Reino Unido do bloco comunitário, a que se seguiu uma pandemia, numa altura em que ainda não cumpria um ano de mandato, o que viria a obrigar a Comissão a introduzir a área da saúde — uma matéria de competência exclusiva dos Estados-membros — nas suas prioridades.

Outro ponto negativo da liderança da alemã, segundo o eurodeputado do PS e vice-presidente do Parlamento Europeu, foi o, em particular na Lei de Restauro da Natureza. Fora do texto final aprovado ficaram medidas sobre a gestão de áreas agrícolas e também os pontos relativos a madeira morta, contestados pelo PPE, aliado aos grupos de extrema-direita e a parte dos liberais do Renew Europe.

, com queixas contra a lista crescente de regulamentos ambientais que visam conduzir a UE à neutralidade climática até 2050. As sondagens mostram uma queda dos partidos verdes nas intenções de voto. Se, politicamente, esta mudança de prioridades pode ser necessária para a alemã de 65 anos conquistar o segundo mandato — seria apenas a quarta presidente da Comissão Europeia a consegui-lo –, ao mesmo tempo terá de defender o seu próprio legado. Por isso,, que foram as figuras de proa do seu primeiro mandato.

. Alguns passos nesse caminho já têm sido dados: em 2019, a Comissão criou um departamento nesta área — a Direção-Geral da Indústria de Defesa e do Espaço –, e o comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, chegou a abordar a produção de munições e a indústria aeroespacial ao longo do mandato. Quando a Ursula von der Leyen, logo no anúncio da candidatura, não é clara a afastar esse cenário de alianças e a reafirmar o seu compromisso com uma maioria pró-europeia, isso só pode ser preocupante e é mais uma razão para os socialistas terem outro candidato nestas eleições europeias.

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