Hotelaria prevê perda de faturação de 800 milhões até ao final do ano. É “decisivo” para o sector que Portugal seja considerado destino seguro pelo Governo britânico
Praias quase vazias, poucos turistas nas ruas, restaurantes sem clientes. O verão começou há uma semana, mas pouco se nota no Algarve. A ameaça de uma crise de proporções incalculáveis paira sobre a região, onde a economia depende em mais de 80% do turismo e há famílias que só têm rendimentos nesta altura. Julho e agosto são encarados como uma boia que vai permitir a muitos manterem-se à superfície.
“Que ninguém tenha dúvidas: vamos ter uma crise social muito forte. Estou muito preocupado”, alerta José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira. Num concelho que se assume como ‘capital do turismo’, “todos os dias” chegam novos pedidos aos programas de apoio social da autarquia — que ajudam com alimentos e na compra de medicamentos. “Depois deste ‘pequeno verão’, vamos ter uma crise ainda maior do que em 2010/2011”, prevê o autarca.
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