Em vez de olhar para a cultura em termos de raça, Cabral fomentou uma interpretação radical da cultura enquanto expressão do povo, enraizada nas relações sociais, que tornou possível a luta política.
O saxofonista de jazz Archie Shepp no Primeiro Festival Cultural Pan-Africano, em Argel, em 1969, onde se desenvolveu a ideia de africanidade em torno não da raça, mas da experiência histórica comum do colonialismo e da luta anticolonialAmílcar Cabral é um dos mais conhecidos pensadores e atores políticos do anticolonialismo africano, a par de figuras como Frantz Fanon e Kwame Nkrumah.
O posicionamento afro-asiático-latino-americano relativamente à solidariedade tornou-se cada vez mais radical. A conferência em Havana inaugurou uma postura militante e manifestamente anti-imperial, acolhendo delegações e movimentos de libertação dos três continentes, de acordo com critérios baseados na política e não tanto na raça ou na identidade cultural.
. Na altura, semelhante produção explícita da cultura negra era uma tomada de posição radical. Esta tradição, que afirmava orgulhosamente a existência e o significado da cultura negra africana, fascinava e inspirava Cabral e os seus colegas estudantes africanos. Por consequência, organizaram a sua própria antologia,.
Cabral fez ecoar a argumentação apresentada por Frantz Fanon no Segundo Congresso, em Roma, em 1959, segundo a qual as lutas de libertação eram em si mesmas um ato de cultura. No discurso que proferiu na CONCP em 1965, Cabral rejeitou a expressão imperialista “África Negra” e declarou que “não confundimos exploração […] com a cor de pele das pessoas”.
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