Há mais de 20 anos que toca, compõe, produz e dirige outros. Agora, o músico que ajudou a moldar as últimas décadas do fado (e não só) lança um primeiro álbum, “Amo-te e Outras Coisas P´ra te Dizer'.
Habituámo-nos a conhecer Diogo Clemente como compositor, produtor, diretor artístico, por vezes como instrumentista a acompanhar outros em palco. Nascido e criado no fado, tornou-se num dos nomes que moldaram o género nos últimos 20 anos. Trabalhou com Carminho nos seus três primeiros discos; é uma figura essencial no percurso de Sara Correia, que acompanha em palco como guitarrista; colaborou com Mariza, Raquel Tavares, Marco Rodrigues ou António Zambujo.
Criado em Camarate, onde na escola já era conhecido como o “fadista”, conta que costumava estar ensonado nas aulas por passar as noites a escrever. À luz das velas, enchendo cadernos de palavras e mais palavras, na mesa de cabeceira que partilhava com a irmã. “Escrever foi uma necessidade terapêutica. Era uma coisa nova para mim e essa coisa nova começou a ser diária. Não dormia, era uma tortura.
Lisboa, naturalmente, é a primeira. O Faia, Fado ao Carmo, Tasca do Chico ou o antigo Nônô foram algumas das principais casas de fados por onde passou ao longo da adolescência e início da idade adulta. Depois de ter conquistado a Grande Noite do Fado, o percurso mais óbvio teria sido continuar a cantar e desenvolver um trajeto profissional a partir daí. “Em termos nacionais era muito importante e toda a gente dizia: ‘agora, o miúdo vai gravar um disco’.
Incentivou-a a gravar em português, trabalharam letras e instrumentais. Deixou-se levar por iniciativas de Carolina Deslandes, como asque ambos partilhavam na cozinha da casa onde moravam e que acabaram por ter bastante impacto nas redes sociais., esse projeto culminou numa série de concertos intimistas, de título Eu e Ele, que os levou à Livraria Férin, em Lisboa; à Estação de São Bento, no Porto; e a diferentes teatros espalhados pelo país.
Diogo Clemente olha para o processo como uma escultura. “Era uma pedra, tive de a esculpir, e para a esculpir fiz feridas, cortes, sujei-me todo. E acabei a estátua. Só que acabei a estátua e preciso de sair dali. Preciso de ir tratar das feridas, preciso de ir tomar banho, preciso de estar bem, para depois vir com um copo de champanhe, olhar para a estátua e dizer: OK, está feito e eu estou bem.
Muitos dos poemas, alguns com 18 anos e outros com meses de existência, deram origem a canções, mas muitas vezes eram textos tão íntimos que Diogo Clemente não queria entregar aos intérpretes com quem costuma trabalhar. Foi juntando temas, colocando-os numa gaveta, num processo que “não foi nada forçado” e que acabou por originar também um álbum.
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