Miguel Arruda, ex-deputado do Chega, foi constituído arguido por furto qualificado após alegadamente ter furtado malas de aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada durante vários meses. As autoridades encontraram uma grande quantidade de objetos espalhados por toda a sua casa em Lisboa durante as buscas, incluindo 17 malas de viagem. Miguel Arruda nega as acusações, alegando que as imagens de videovigilância podem ter sido manipuladas por inteligência artificial e que as malas eram utilizadas para transportar compras da internet para a sua família nos Açores.
Durante as buscas domiciliárias ao deputado do Chega , Miguel Arruda , em Lisboa, as autoridades encontraram uma cena de aparente desordem, com roupas e objetos espalhados por toda a casa. Foram apreendidas 17 malas de viagem, alegadamente utilizadas pelo deputado para transportar bens furtados de aeroportos. Miguel Arruda confessou o furto de várias malas, segundo fontes da PSP, e alegadamente vendia os bens furtados numa plataforma de comércio online.
Rejeitando as acusações, o deputado afirma que as imagens de videovigilância dos aeroportos, onde supostamente é visto junto ao tapete das bagagens, podem ter sido manipuláveis por inteligência artificial, e que as malas eram utilizadas para transportar compras da internet para a família nos Açores.As primeiras queixas relativas ao desaparecimento de malas surgiram em novembro do ano passado, após várias malas terem desaparecido de passageiros em voos entre São Miguel e Lisboa. Miguel Arruda, que frequentemente se deslocava a estes voos enquanto deputado, foi visto em algumas das imagens de videovigilância junto ao tapete das bagagens. O deputado, em defesa, afirma que as malas eram utilizadas para transportar compras da internet para a família nos Açores. A investigação quer agora saber se o deputado terá vendido objetos mais valiosos, como relógios e joias, como parte deste alegado esquema de furto. Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeitas de furto qualificado e, apesar da decisão de desfiliar-se do Chega e declarar-se deputado independente, mantém a intenção de continuar a exercer funções parlamentares. O caso gerou grande repercussão, com o líder parlamentar do Chega a manifestar-se contra o lugar atribuído a Miguel Arruda, ao lado da bancada do partido, durante as cerimónias de posse. A defesa do ex-deputado do Chega irá avançar com uma ação judicial por violação do segredo de justiça.
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