Despenalizar n\u00e3o \u00e9 querer, \u00e9 respeitar

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Despenalizar não é querer, é respeitar

Despenalizar a eutanásia, e o suicídio assistido, não significa ser a favor da eutanásia. Mesmo nas circunstâncias restritas que vão ser discutidas e eventualmente aprovadas dia 20, o Estado não será a favor da eutanásia. Dizer o contrário é tão falso como, permita-se o paralelo, dizer que o Estado é a favor da interrupção voluntária da gravidez porque a despenalizou.

Desde logo, o poder do Estado violentar a consciência de cada cidadão com a tirania de um referendo em que uns decidirão sobre a consciência de todos os outros. Importa sublinhar esta assimetria: são aqueles que não querem a despenalização a quererem impor demasiado a todos. Para quem quer a despenalização, não se tratar de impor, mas de respeitar.

Fique claro. Despenalizar a eutanásia, e o suicídio assistido, não significa ser a favor da eutanásia. Mesmo nas circunstâncias restritas que vão ser discutidas e eventualmente aprovadas dia 20, o Estado não será a favor da eutanásia. Dizer o contrário é tão falso como, permita-se o paralelo, dizer que o Estado é a favor da interrupção voluntária da gravidez porque a despenalizou.

O que deve prevalecer: o respeito pela vontade de quem concretamente vive uma vida ou o respeito pela vida independentemente de quem a vive e a sofre? Que dignidade se respeita, a da vida concreta, humana, com biografia, sonhos, memórias, alegrias e tristezas, ou uma abstracção a que se chama biologicamente vida? Que vida é essa que julgam sacralizar quando, na verdade, a separam da vida concreta humana de cada pessoa? Que vida é essa anónima que separam e...

E também é categoricamente falso que a despenalização da eutanásia seja, na intenção ou na prática, uma alternativa aos cuidados paliativos.

Mas, salvaguardadas as convicções dos médicos e enfermeiros, queremos realmente um Estado Pôncio Pilatos que age como se dissesse “daqui lavo as minhas mãos”? Deve o Estado virar as costas a quem se lhe dirige, motivado nas razões de sofrimento socialmente mais respeitáveis, e lhe pede ajuda? Cuidar não pode ser apenas a instância das nossas convicções.

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