Em Inglaterra, milhares de pessoas vão ser chamadas aos hospitais, para ser avaliado o estado dos pulmões. A suspeita é a de que o vírus deixa cicatrizes, problema conhecido como fibrose pulmonar
Uma percentagem significativa dos doentes com covid-19 pode ter ficado com cicatrizes nos pulmões, problema conhecido como fibrose pulmonar. Por causa desta suspeita, dezenas de milhares de pessoas serão chamadas aos hospitais em Inglaterra, onde será avaliado o estado dos seus pulmões.
A BBC cita o caso de um taxista reformado, com 68 anos, internado no início de março com sintomas de covid-19. Ao piorar, acabou por ser transferido para os cuidados intensivos, onde permaneceu ligado a um ventilador durante 13 dias. Dois meses após regressar a casa, continua a queixar-se de dificuldades respiratórias.
As tomografias feitas enquanto estava ainda internado mostram uma espécie de névoa branca nos dois pulmões, sinal característico de coronavírus que, nos casos mais graves, pode desencadear uma resposta imune exagerada.
Uma radiografia dos pulmões deste paciente, realizada seis semanas depois de ter saído do hospital, revelam finas linhas brancas, conhecidas como sombreamento reticular, possíveis primeiros sinais de cicatrizes ou de fibrose pulmonar. Não há certezas. Mas o mais normal seria que, no prazo de seis semanas, os exames aparecessem normais após ultrapassado o vírus ou infeção, explicam os médicos.
O serviço de saúde de Inglaterra fala já em abrir centros especializados de reabilitação, dado que a fibrose é uma condição irreversível, com sintomas que podem incluir falta de ar grave, tosse e fadiga.
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