É o salve-se quem puder no Douro. E quem não encontra solução está a deixar uvas na vinha

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É o salve-se quem puder no Douro. E quem não encontra solução está a deixar uvas na vinha
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É cada um por si, e alguns como tolos no meio da ponte. Com muita uva ainda sem destino, as estratégias dos viticultores dividem-se. Quem pode fazer vinho, faz. Os outros batem a tudo quanto é porta.

para os próximos tempos, como noticiou o PÚBLICO há uma semana —, vai uma espécie de salve-se quem puder na região demarcada mais antiga do mundo. Para muita gente, não há outro remédio à vista se não deixar as uvas na vinha.

Pedro Lencart, da Quinta dos Lagares / Vitavitis, arriscava-se a não vindimar as suas uvas, por ter dado prioridade aos clientes a quem presta serviços e que também têm mais uva para vinificarAnna Costa "Neste ano, houve uma pressão imensa na procura de espaço na minha adega, porque há cada vez mais pessoas que querem criar marcascasado e radicado no Douro" específicos e compram, na sua maioria, uva. Não têm portanto custos com a gestão da vinha. Mas contribuem para que na pequena adega da Quinta do Pisco se estejam a quebrar recordes."Na terça-feira, dia 24, antes das chuvas, processámos mais de 20 toneladas de uva.

À porta da Grape to Bottle, de Eric Nurmi, bateram várias pessoas desesperadas, pediram-lhe para lhes esmagar as uvasEric ficou de tal forma sensibilizado pelo drama de quem o procurou na Quinta do Pisca, Santa Marta de Penaguião, que estuda uma forma de, uma vez terminada a vindima dos seus clientes, poder ajudar esses viticultoresA Grape to Bottle tinha vindimas de clientes agendadas até esta segunda-feira, só depois disso Eric Nurmi ia vinificar as uvas que ainda tem...

A adega aceita uvas de outros fornecedores, mas também paga menos por elas."Não temos excedente, precisamos de uvas", justifica Manuel Cruz, que, ao contrário do sentimento na adega de Sabrosa , critica a medida por entender que cria desigualdades entre regiões."Não, nós não importámos vinho estrangeiro. Compramos vinho noutras regiões de Portugal, isso sim, para o nosso vinho de mesa, que agora vai ter de ser mais caro.

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