Não temos razões para estar satisfeitos e muito menos razões temos para aceitar de ânimo leve a forma displicente como os responsáveis pelos partidos políticos (não) pensam e (não) debatem os temas centrais ao desenvolvimento da economia e da sociedade portuguesa.
Falava, um destes dias, com um conjunto alargado de jovens empreendedores, altamente formados em universidades de topo, com projetos de ciência e tecnologia avançada desenvolvidos pelas startups das quais são fundadores. Uma proporção significativa desses jovens tinham, a dada altura e recentemente, vivido em Portugal tentando desenvolver o projeto em Portugal.
Todos eles seguiram e acreditaram nessa mensagem. Contudo, todos eles decidiram passado algum tempo deixar de viver em Portugal. Do ponto de vista da gestão do negócio e respetivo desenvolvimento económico ficaram profundamente surpreendidos com o exagero e demora associados ao processo burocrático, assim como não acolheram os níveis de tributação e impostos aplicados.
Se traduzirmos a realidade anterior para uma análise política chegamos a uma conclusão simples. Portugal tem excesso de instituições públicas a quem é necessário pagar e que consequentemente oneram o Orçamento do Estado que por sua vez assenta na cobrança de impostos que tendencialmente tem vindo a crescer de forma muito significativa.
Em Portugal há excesso de atores para quem a comunicação, mediatismo e a criação de expectativas sobrepõem-se à concretização de obra e ao honrar da palavra dada. A consciência da inadequabilidade deste modelo constitui argumento suficiente para trabalharmos na mudança de paradigma cultural. Sem estratégia e com o debate político sempre à volta de pessoas e casos, perdemos gradualmente a noção do rumo que já tivemos. A fatura cresce todos os dias e todos os dias se insiste em perder tempo com matérias altamente desinteressantes e de má-língua.
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