Opinião: Eduardo Cabrita, um ministro sem qualidades
do Ministério Público que acusa o motorista do carro – ao serviço do ministro! – de homicídio por negligência. Note-se que não estou a invocar responsabilidades criminais, ou sequer cíveis, do ministro. Trata-se de uma responsabilidade política perante todos os cidadãos do país.
para cima do motorista: “Eu sou passageiro”, disse ele. Que é como quem diz: chateiem quem ia a conduzir o carro. “Têm de ser esclarecidas as condições do atravessamento da via”, disse ele. Que é como quem diz: chateiem o atropelado. “Há um repugnante aproveitamento político de uma tragédia pessoal”, disse ele. Que é como quem diz: não me chateiem a mim.
Ora, esta postura já não é só um problema político – é um profundíssimo problema humano. De cada vez que fala sobre isto, Eduardo Cabrita é um poço de insensibilidade, primeiro em relação à vítima e à sua família, agora em relação a um subordinado acusado de homicídio. É obra. Talvez todas as reservas de empatia de Cabrita estejam ao serviço exclusivo de António Costa.
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