Opinião: Elogio do encontro sobre a montanha da raiva
A utilização excessiva de certas palavras, a sua repetição à exaustão, gastam-nas, e esta erosão coloca-as num mercado de apropriação em que elas funcionam pela parte, não pelo todo. É o caso da palavra “vergonha”. A extrema-direita. O seu uso e abuso reduz o estatuto pleno da mesma. Hoje, é com precaução que se pode dizer “isto é uma vergonha” ou “já chega”.
Apesar de serem expressões de uso quotidiano, foram sequestradas por um discurso de ódio como bandeiras. Este sequestro transformou-se quase numa forma de propriedade. As palavras foram possuídas, encarceradas, gerou-se quase um muro em torno, colocou-se uma matilha a vigiá-las, elas próprias tornaram-se monstruosas e temos quase medo de as usar, podem morder.
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