O ex-ministro das Finanças Fernando Medina critica a duração da investigação que o envolveu, considerando-a excessiva. Defende que o Ministério Público e os meios de comunicação criam um clima de suspeição permanente. Insta António Vitorino a candidatar-se à Presidência da República.
O ex-ministro das Finanças e ex-presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina, que ao fim de oito anos de investigação não foi acusado no, defende, em entrevista ao PÚBLICO/Renascença, que o Ministério Público e a comunicação social são responsáveis por "criar um clima de suspeição permanente e contínuo" e pressiona António Vitorino a avançar com uma candidatura presidencial.
Como vê este comportamento por parte do MP? Teve oito anos para investigar uma situação relativamente simples. Acha que está em roda viva? Não, não é normal. Parece-me obviamente desconforme qualquer adequação dos meios de investigação àquilo que se pretende provar.Não quero fazer esse tipo de considerações. A forma como, por um lado, as investigações decorrem e, por outro lado, como a comunicação social as trata, criam um clima de suspeição permanente e contínuo.
Alexandra Leitão, a candidata do PS à Câmara de Lisboa, desafiou ambos a repensarem se não seria melhor este afastamento.Alexandra Leitão será melhor candidata a Lisboa do que Mariana Vieira da Silva, que era o nome que estava na calha?. E tem, obviamente, o meu apoio. Espero que seja a próxima presidente da Câmara de Lisboa. Aliás, seria a primeira mulher a ser presidente da Câmara de Lisboa.
E, nessa contraposição, António Vitorino tem o perfil perfeitamente adequado para ser um construtor de pontes e de soluções num país que tem hoje, e vai viver nos próximos anos, uma situação política que dificilmente terá condições de estabilidade muito efectivas, que tem desafios muito complexos, como o fim do multilateralismo como modelo de organização à escala mundial.
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