A expressão é eufemística e supostamente refere-se a um engano. Fala-se de fogo amigo para um ataque que vem de dentro, e parece que é o que estamos a assistir em Portugal mesmo antes da paragem sazonal. Senão vejamos. A resposta à crise pandémica trouxe para o centro da política portuguesa a ministra Marta Temido e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas. Em tempos de enorme incerteza, e não isentas de falhas, tiveram a capacidade de ir respondendo com o que sabiam, gerindo a incerteza e dando respostas de forma clara e corajosa. Essa resposta deu a Costa a popularidade de que tem gozado. É por isso que é tão indigna a mudança de postura de uma parte do partido do Governo que não se coíbe agora de criticar a sua intervenção e de fazer coro com a direita. É esta mudança um acaso? Não parece.
Numa altura em que o Partido Socialista chega a acordo com o Partido Social Democrata para negociar medidas essenciais do Orçamento suplementar e para acabar com os debates quinzenais, torna-se evidente que o Governo está a preparar-se para os tempos difíceis que aí vêm através de um entendimento estratégico à direita.
Pelo contrário, o primeiro-ministro parece estar mais preocupado com a identificação de bodes expiatórios para despejar responsabilidades pelas dificuldades que terá pela frente e que não está a prevenir. Marta Temido e Graça Freitas são os primeiros rostos. As incertezas associadas à pandemia e o ruído introduzido pela direita são os aliados perfeitos. É aqui que entra a expressão militar de fogo amigo.
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