Se há margem para o setor financeiro melhorar a remuneração das poupanças como indica o Banco de Portugal, então são os clientes que deve estimular o dinamismo do mercado, indica o secretário de Estado das Finanças
O Banco de Portugal tem multiplicado os apelos aos bancos para melhorarem a remuneração das poupanças, refletindo a subida dos juros do Banco Central Europeu nos depósitos das famílias. O Governo põe o foco nos clientes, a quem diz para exigir mais das instituições financeiras.
"Entendemos que os clientes devem ser particularmente exigentes em relação aos bancos com que trabalham", afirmou o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, quandosobre a demora das taxas de juro em subirem e os apelos que têm vindo a ser feitos pelo supervisor do setor financeiro. "O Governo tem estado na linha da frente desse apelo e temos a convicção de que a concorrência vai aumentar", disse, sublinhando que os depositantes têm o poder de gerar dinamismo no mercado português, que conta com juros dos depósitos entre os mais baixo da União Europeia.pela primeira vez em oito anos, tendo atingido 1,03% em abril.
"Como clientes, temos de ter consciência que não valemos um mês de transações para um banco. Acreditamos muito na importância da concorrência, de verem tabelas comparativas. Esta pressão, exigência e disponibilidade para mudar de banco é fundamental para que a banca mude as condições", sublinhou o governante.