O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, garantiu no Parlamento que o Governo português mantém a posição de vender 100% da TAP. No entanto, reconheceu a necessidade de diálogo com o PS, visto que o Governo é minoritário, e está disposto a encontrar soluções quanto à percentagem a privatizar. O processo de privatização está em 'avaliação interna' e deverá arrancar em março.
O ministro das Infraestruturas , Miguel Pinto Luz, garantiu esta quarta-feira, no Parlamento, que o Governo mantém a posição de vender 100 por cento da TAP , mas admite um 'diálogo estreito' com o PS, visto que é minoritário, e está disposto a encontrar soluções relativamente à percentagem a privatizar. Pinto Luz assegurou ainda que a prioridade é que a companhia aérea não seja um 'coutado do Estado'.
O ministro não confirmou a possibilidade de vender apenas 49 por cento da TAP, apesar de preferir a venda na totalidade. Sem adiantar o valor da percentagem de venda que vai constar no diploma de privatização da companhia aérea portuguesa, o atual Governo defende a venda a 100 por cento do capital da TAP e o ministro da tutela admite debater o tema com o Partido Socialista, garantiu o ministro das Infraestruturas e Habitação, em resposta a questões da Iniciativa Liberal.O ministro das Infraestruturas lembrou que o Governo é minoritário e apelou a consensos com o PS sobre a companhia aérea, assegurando que não pretende condicionar as suas opções ideológicas aos socialistas. 'Tenho uma máxima na vida: todo o esforço inútil leva a melancolia, a bússola é o nosso programa eleitoral, mas depois claro que temos de estar disponíveis para encontrar soluções, porque é melhor avançar do que continuarmos na mesma', apontou o ministro do Governo minoritário liderado por Luís Montenegro, dando como exemplo a redução do IRC, que o Governo defendia, mas não avançou devido à oposição de outros partidos. O processo de privatização da TAP está neste momento em 'avaliação interna' e que o Governo irá depois publicar um decreto-lei com as regras para a venda, à semelhança do que o anterior executivo socialista fez, em dezembro de 2023, e que foi vetado pelo presidente da República., vincou o ministro das Infraestruturas.De recordar que o processo de privatização da TAP deve arrancar no próximo mês de março. O governante com a pasta das Infraestruturas revelou ainda que o Conselho de Ministros se prepara para aprovar, nas próximas semanas, uma resolução relacionada com a questão do ruído no aeroporto de Lisboa. Na terça-feira, a Bloomberg avançou que o Governo está a ponderar vender pelo menos 49 por cento do capital da TAP, num processo de privatização que deverá arrancar em março e poderá estar concluído até à primeira metade de 2026. O Governo reuniu-se recentemente com interessados na compra da transportadora aérea portuguesa, no âmbito do processo de reprivatização preparado pelo anterior executivo socialista, que o queria concluir em 2024, mas que ficou em espera com a mudança de Governo. Os três grandes grupos aéreos europeus - Lufthansa e Air France-KLM e IAG - manifestaram publicamente interesse no negócio. Pinto Luz disse que a reprivatização iria acelerar após a aprovação do Orçamento do Estado, no final de novembro, adiantando que existia consenso sobre a privatização, mas não sobre a percentagem a vender. O Governo vai apresentar nas próximas semanas os planos para os terrenos do aeroporto da Portela, que será fechado após a abertura da nova infraestrutura, em articulação com câmaras de Lisboa e Loures, disse ainda o ministro das Infraestruturas. “É nosso propósito tirar 100 por cento do trânsito na Portela e apresentar nas próximas semanas a nossa visão para a Portela, articulada com os municípios visados de Loures e Lisboa”Segundo o governante, os terrenos do atual aeroporto servirão para habitação, espaços verdes, cultura, desporto, entre outras utilizações. Em maio do ano passado, na altura do anúncio da decisão sobre a localização do novo aeroporto, o ministro das Infraestruturas tinha prometido avaliar com autarcas, associações e até moradores formas de reutilizar os terrenos onde atualmente se localiza o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Miguel Pinto Luz defendeu que, “em diálogo estreito com a Câmara Municipal de Lisboa, o Estado português, os vários ministérios”, possa ser desenvolvida “uma nova centralidade” nos terrenos da Portela onde se localiza atualmente o aeroporto Humberto Delgado.
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