Pelo menos 12 pessoas deram entrada no Hospital Central de Maputo (HCM), maior unidade de Moçambique, na sequência das manifestações de protesto contra os resultados das sextas eleições autárquicas no país, ocorridas na sexta-feira, anunciou fonte oficial.
"Dessas doze vítimas, duas foram por intoxicação, não se sabe ao certo se foi por gás lacrimogéneo ou por fumo do fogo que lá existia, três foram feridas provocadas pela agitação que a população ia fazendo", disse Maria Sitoe, médica afeta ao banco de socorros no HCM, citada hoje pelo jornal O País.
A médica do maior hospital moçambicano, localizado na capital do país, referiu que todas as vítimas tiveram alta no mesmo dia. Na cidade de Maputo, a polícia moçambicana fez, na sexta-feira, vários disparos de gás lacrimogéneo sobre milhares de pessoas que marchavam em protesto contra os resultados. Estas mortes não foram ainda confirmadas pelas autoridades, que admitiram, no entanto, que pelo menos 10 pessoas ficaram feridas e outras 70 foram detidas durante as escaramuças.