Em entrevista ao Expresso, Francisco Castro Rego, o presidente do Observatório Técnico Independente que estuda os incêndios, afirma que a maioria das recomendações surgidas desde a tragédia de Pedrógão foi acatada e que houve melhorias na prevenção e no combate, mas frisa que muitas reformas fundamentais continuam a marcar passo, sobretudo ao nível da formação dos bombeiros e da alteração da paisagem
Francisco Castro Rego, que preside desde setembro do ano passado ao organismo que sucedeu à Comissão que avaliou os incêndios de 2017, afirma que a maioria das recomendações surgidas desde aí foi adotada, mas muitas continuam a marcar passo, sobretudo ao nível da formação dos bombeiros e da alteração da paisagem.
A área que agora ardeu no Pinhal Interior estava sinalizada na carta de riscos de 2019. Estava tudo a postos? Qualquer declaração que faça agora é prematura. Uma análise rigorosa não pode ser feita a quente. Ouvimos declarações de membros do Governo e de autarcas a quente e todos eles têm meias razões.Queremos apresentar relatórios sólidos e fundamentados que sejam úteis para o próximo ciclo legislativo. Vamos apresentá-los quando o período problemático de incêndios acabar.
Apesar da maior fiscalização e das campanhas para reduzir queimadas, continuamos com um número muito elevado de ignições. O número tem vindo a diminuir. Perante os mesmos indicadores meteorológicos de 2003-2005, temos hoje cerca de metade das ocorrências. A sensibilização demora, mas tem havido evolução.: basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso. Pode usar a app do Expresso -
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