Há uma semana o país ficou chocado com a notícia do alegado suicídio do ator Pedro Lima, um dos mais reconhecidos no panorama nacional e uma figura admirada e aparentemente com todas as razões para estar de bem com a vida. Em entrevista ao Expresso, o psiquiatra José Miguel Caldas de Almeida, professor catedrático jubilado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e autor do livro “A Saúde Mental dos Portugueses”, fala sobre a forma como a sociedade encara o suicídio, fenómeno que nunca é possível compreender totalmente, e explica os sinais de alerta deixados por aqueles que vivem a dor mais profunda.
O país ficou em choque com a notícia da morte do ator Pedro Lima, que parecia reunir tudo para ser feliz e ao que tudo indica pôs termo à vida. Como é que isto se explica quando não havia razão aparente para uma depressão?
É muito difícil falar deste caso, que não conheço. O fenómeno do suicídio é dos mais misteriosos e assustadores para as pessoas. E este caráter assustador e misterioso acentua-se muito quando as pessoas que se suicidam não aparentam razões óbvias que expliquem esse ato de autodestruição.
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