O arquitecto que participou activamente na construção de Moçambique independente morreu esta terça-feira, em Lisboa. Tinha 88 anos.
José Forjaz, nascido em Coimbra, foi uma das figuras-chave da arquitectura, da política e do ensino em Moçambique nas décadas finais do período colonial, no surgimento doe até ao nosso tempo.
José Forjaz atravessou tudo, viveu tudo, mantendo uma serenidade particular, um humor subtil, uma permanente irritação elegante com as coisas de Portugal e uma. O arquitecto morreu esta terça-feira, em Lisboa, e a notícia da sua morte foi confirmada ao PÚBLICO por fonte próxima da família. Tinha 88 anos..
Este belíssimo testemunho captou as diversas facetas de Forjaz, a sua capacidade de pensar como arquitecto e actuar como cidadão, ou vice-versa, profundamente envolvido no desenvolvimento dee acreditando, como um idealista pragmático, na arquitectura e no urbanismo como formas de redenção do novo país.
Convidado também nesse colóquio a apresentar José Forjaz, recordei o modo como o conhecemos, no seu magnífico, em Maputo, em 2005, à procura de Pancho Guedes. Com alguma impaciência e muita elegância, lá nos apontou os caminhos de Pancho e também da sua obra. Visitamos em conjunto, o Condomínio Caracol onde residia, a Casa Torcato, a Casa Paulino e a Capela Maria Mãe de África, em Maputo.
Com o tempo, Forjaz foi-se abrindo, com a dureza doce que o caracterizava. Mas ficou muito por dizer, muito por pensar. Um homem com muitas contradições, a salvo na sua enorme humanidade. A arquitectura, em qualquer geografia, perdeu um dos seus maiores.Ao criar um novo grupo de discussão, tornar-se-à administrador e será responsável pela moderação desse grupo. Os jornalistas do PÚBLICO poderão sempre intervir.
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