O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Ture, pediu hoje imparcialidade no julgamento dos dois ex-governantes acusados de corrupção, no caso que justificou a dissolução do parlamento e queda do Governo da Guiné-Bissau.
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Ture, pediu hoje imparcialidade no julgamento dos dois ex-governantes acusados de corrupção, no caso que justificou a dissolução do parlamento e queda do Governo da Guiné-Bissau.
Para a Liga, este julgamento "é o momento da verdade" e espera que seja "aberto ao escrutínio do cidadão comum e também aos órgãos de comunicação social, mas sobretudo que seja um julgamento transparente e que os juízes, magistrados, os profissionais da Justiça atuem neste processo com total independência, com total imparcialidade, aplicando exclusivamente a lei e as suas consciências".
A Liga promete estar "vigilante" e insiste que "este processo é uma oportunidade para o poder judicial provar a sua independência, a sua imparcialidade dos poderes instalados na Guiné-Bissau". Na madrugada e manhã seguintes, forças de segurança e militares envolveram-se em tiroteios, depois de elementos da Guarda Nacional terem retirado os dois governantes das celas da Polícia Judiciária.
"Nós acreditamos que a Justiça estará acima destas tentações de poderes, neste caso o poder político, de a instrumentalizar para atingir fins", assinalou. "Isto é extremamente grave, significa que estas pessoas estão sequestradas pelo Estado da Guiné-Bissau", disse.