O primeiro-ministro português expressou a esperança de que as 'pontes e o diálogo' entre a Europa e os Estados Unidos sejam mantidos, apesar da posse de Donald Trump como presidente. Montenegro destacou a importância da cooperação em áreas como a economia, segurança e defesa.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro , admitiu este sábado esperar que as 'pontes e o diálogo' que têm caracterizado a relação da Europa com os Estados Unidos sejam 'salvaguardados' com Donald Trump como presidente.
O primeiro-ministro falou com a Lusa à margem de uma reunião de dois dias do Partido Popular Europeu (PPE) em Berlim, que termina este sábado, e que contou com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola. 'Para além das matérias que a Europa tem de enfrentar e tem de resolver independentemente do seu relacionamento com os Estados Unidos da América, há outras que estão numa linha de cruzamento', revelou Luís Montenegro, apontando questões económicas, de comércio internacional e conhecimento, entre outras. Questionado sobre se essas matérias e objetivos em comum estão em causa com Donald Trump, que toma posse na segunda-feira, dia 20 de janeiro, como presidente dos Estados Unidos, o líder do governo português admite que 'em causa estão sempre', independentemente de quem ocupe a Casa Branca. 'Em causa estão sempre, independentemente de ser Donald Trump ou Joe Biden, por exemplo. De ser uma gestão democrata ou republicana. Não é a primeira, nem será a última vez, que algumas tensões existem neste domínio. Aquilo que eu espero é que as pontes e o diálogo que têm caracterizado a relação da Europa com os Estados Unidos sejam salvaguardados e que as coisas possam ter equilíbrio', apontou.Montenegro acrescentou que Estados Unidos e Europa têm outros interesses comuns, nomeadamente nas áreas da segurança e defesa. 'Os Estados Unidos compõem connosco uma aliança nesta área. Não nos podemos esquecer que 23 dos 27 estados-membros da União Europeia são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) (...) formamos uma aliança que também está posta à prova neste momento em razão de termos uma guerra à porta da Aliança Atlântica. Temos também nessa área uma necessidade de manter um relacionamento muito forte com os Estados Unidos', salientou. A 6 de novembro do ano passado, o primeiro-ministro português já tinha felicitado Donald Trump através da rede social X. 'Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral', escreveu. Montenegro defende que Estado deve poder pagar vencimentos de origem e diz que Rosalino 'ficava de borla'
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