O neonazi condenado por incitamento ao ódio e violência, Mário Machado, afirmou que irá cumprir a pena de prisão a partir de 25 de fevereiro. Machado rejeitou a possibilidade de recorrer ao plenário do Tribunal Constitucional.
O neonazi Mário Machado , condenado por incitamento ao ódio e violência , anunciou que irá apresentar-se na prisão das Caldas da Rainha em 25 de fevereiro para cumprir a pena de prisão . Em declarações aos jornalistas em Albufeira, Machado afirmou que não irá apresentar um último recurso, ao qual tinha direito, para entrar o mais cedo possível e sair também o mais cedo possível da prisão .
O militante ultranacionalista falava aos jornalistas antes do início de um protesto convocado pelo grupo de extrema-direita 1143, que reuniu cerca de 800 militantes na cidade algarvia em um percurso contra a imigração. O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso de Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e violência. Caso não haja outro recurso, deverá apresentar-se para cumprir a pena até ao fim do mês. O advogado José Manuel Castro, que representa Machado, disse à Lusa que ainda estava a estudar com o seu cliente a hipótese de recurso para o plenário do TC para exigir a sua apreciação, mas Machado considera que esse passo seria uma perda de tempo. Machado foi condenado a dois anos e 10 meses de prisão por um crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência. O processo em questão envolve publicações em redes sociais em que Machado e Ricardo Pais foram condenados por crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, nas quais o tribunal de julgamento deu como provado que apelaram ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda, em particular a professora e então dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra. O recurso para o TC tinha sido entregue em dezembro de 2024, com efeito suspensivo sobre o cumprimento da pena confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, num acórdão em que este tribunal rejeitou as alegações de Machado de que as declarações em julgamento eram um exercício de humor, defendendo tratar-se, em vez disso, do que realmente pensa e pretende o militante neonazi. Em causa neste processo estavam mensagens publicadas na antiga rede social Twitter (atual X) atribuídas a Machado e Pais, em que estes apelavam à 'prostituição forçada' das mulheres dos partidos de esquerda, e que visaram em particular Renata Cambra
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