A Ucrânia tem sido alvo de mísseis balísticos norte-coreanos com crescente frequência. As autoridades ucranianas afirmam que as forças russas têm demonstrado maior precisão no uso de armas importadas da Coreia do Norte. O uso de mísseis norte-coreanos na guerra tem gerado preocupação nos Estados Unidos, que temem que Pyongyang esteja testando suas tecnologias em combate. A análise forense não detectou mudanças no design dos mísseis, mas a precisão dos ataques aumentou de forma significativa.
A Ucrânia tem sido alvo de mísseis balísticos norte-coreanos com crescente frequência. Autoridades ucranianas indicam que, desde dezembro, as forças russas têm demonstrado maior precisão no emprego de armas importadas da Coreia do Norte contra território ucraniano. Os Estados Unidos expressam preocupação de que Pyongyang esteja usando o conflito como campo de testes para suas tecnologias e armamentos.
Mais de 20 mísseis balísticos atingiram a Ucrânia nas últimas semanas, todos com erros de alvos entre 50 a 100 metros, segundo autoridades de Kiev em comunicado à Reuters. As mesmas fontes alertam que o uso de mísseis norte-coreanos não se limita a auxiliar a Rússia na frente de batalha. Yang Uk, especialista em armas do Instituto Asan de Estudos Políticos de Seul, aponta que as melhorias nas capacidades dos mísseis norte-coreanos geram preocupações como o risco potencial de ameaçarem a Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos, além da possibilidade de venda de armas atualizadas a grupos armados. O especialista expressou suas preocupações à Reuters.Os programas militares da Coreia do Norte têm se desenvolvido rapidamente nos últimos anos, incluindo o desenvolvimento de mísseis de curto e médio alcance que Pyongyang afirma serem capazes de carregar ogivas nucleares. No entanto, antes da colaboração com a Rússia no conflito ucraniano, a Coreia do Norte não havia testado essas novas armas em combate. 'À medida que fabricam mísseis e recebem feedback dos clientes — o exército russo — têm mais experiência em fabricar mísseis mais confiáveis', afirma uma fonte militar. A análise forense não detectou mudanças no design dos mísseis, embora os destroços encontrados para análise fossem escassos. Assim, duas explicações são apresentadas para a maior precisão dos alvos: os mísseis poderiam ser equipados com sistemas de navegação aprimorados ou com um mecanismo de direção para auxiliar nas manobras. Yang Uk menciona outros fatores que podem contribuir para a precisão, como melhores informações de observação para os militares, novos componentes do sistema de orientação fornecidos pela Rússia e aprimoramentos baseados nos dados e experiência que os cientistas norte-coreanos acumularam na guerra.A Rússia também pode estar auxiliando a Coreia do Norte fornecendo peças para mísseis e apoio financeiro, além de tecnologia espacial. No início da guerra, a precisão dos mísseis era de um a três quilómetros, mas os ataques mais recentes apresentaram uma precisão entre 50 a 100 metros, detalhou a fonte militar. A Rússia iniciou o uso de mísseis balísticos norte-coreanos de curto alcance K-23, K-23A e K-24 contra a Ucrânia em dezembro de 2023 e, desde então, teria disparado cerca de 100 contra o território ucraniano. Kiev alega que a Rússia também recebeu milhões de projéteis de artilharia e milhares de tropas de Pyongyang para auxiliar na guerra. Tanto a Coreia do Norte quanto a Rússia negam qualquer acordo de armas, apesar dos líderes de ambos os países terem prometido uma cooperação militar mais estreita durante um encontro em setembro no extremo leste da Rússia.Paralelamente a estes ataques com maior precisão no uso de armas norte-coreanas, surge a nova Administração dos Estados Unidos com a intenção de apresentar uma proposta de plano de paz para a Ucrânia. Keith Kellogg, enviado especial dos EUA para a Ucrânia e a Rússia, divulgará o plano do presidente Donald Trump numa conferência em Munique, na próxima semana, de acordo com a Bloomberg.
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