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A herdeira da Coroa espanhola chegou hoje à maioridade e centenas de pessoas saíram à rua em Madrid para a saudar, esperançados em que Leonor de Borbón dê novo impulso a uma monarquia"manchada" pelo Rei Juan Carlos I
A cerimónia foi considerada de grande valor simbólico e jurídico para a continuidade da Coroa espanhola, “um momento histórico”, nas palavras da presidente do parlamento, Francina Armengol, que realçou que Leonor de Borbón expressou hoje publicamente respeito pela Constituição de uma Espanha “plural, aberta e europeia”.
Mas também o governo de esquerda liderado por Pedro Sánchez, que se aliou com independentistas e a extrema-esquerda da Unidas Podemos “prejudica a monarquia”, defenderam as duas amigas, que não quiseram dar os nomes e preferiram apresentar-se apenas com as iniciais. Num dia laboral e de escola, as duas amigas tinham o perfil da maioria das pessoas que nas ruas de Madrid viram passar hoje a família real e que, segundo as sondagens sobre a Coroa , também mais apoiam a monarquia e se dizem monárquicas: maiores de 60 anos e oriundas de uma região sem as designadas “questões territoriais”, ou seja, nacionalismo ou independentismo.
Reconhece que o juramento de Leonor de Borbón é provavelmente o “acontecimento mais importante que acontece estes dias em Madrid e em toda a Espanha”, mas diz-se “indiferente” em relação à monarquia, uma instituição associada a uma parte “bastante conservadora” da sociedade e a uma linha política em que não se revê.