Trabalhadores pagaram taxas de recrutamento ilegais e receberam declarações falsas sobre condições de trabalho. Amnistia acusa FIFA e Qatar de não terem mecanismo eficaz para compensar trabalhadores.
Reuters/FABRIZIO BENSCH
Todos os trabalhadores entrevistados pela AI referiram que os representantes da Teyseer, ou agentes de recrutamento, fizeram falsas promessas, como sugerir que os migrantes poderiam assumir cargos mais altos ou ganhar 275 dólares extra por mês, ou ficar a trabalhar no Qatar para além do período de contrato de três meses, situações que não se concretizaram.
"Sem meios de reclamar remotamente e com pouca escolha a não ser deixar o país, a justiça foi negada aos trabalhadores migrantes", acusou a AI, lembrando que "os abusos sofridos pelos agentes de segurança fazem parte de um padrão de danos sofridos pelos trabalhadores migrantes no Qatar desde que aEm Março de 2023, a FIFA anunciou que o seu subcomité de direitos humanos conduziria uma avaliação do legado de direitos humanos do torneio,...
Entre os custos, estavam taxas de agência de recrutamento, avaliações médicas, testes à covid-19 ou verificação de registos criminais, realçou a AI. Marcus, um dos trabalhadores do Gana, de 33 anos, denunciou o pagamento de 400 dólares em custos de recrutamento e explicou que teve que contrair um empréstimo para "pagar as despesas de viagem". "Ainda estou a pagar, o que ganhei não foi suficiente", frisou.
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