O presidente do conselho de administração da TAP sublinha que é evidente que o Estado defendeu os interesses da companhia e admite que a expectativa era a de que a transportadora não iria necessitar de capital adicional em 2020 e que isso só acontece por causa da pandemia
O presidente do conselho de administração da TAP reconhece que depois de um primeiro semestre difícil em 2019, a companhia tinha tido uma segunda metade do ano com uma trajetória positiva. Por isso, a expectativa da administração era a de que"a TAP não iria necessitar de fundos excecionais" este ano, se não fosse a pandemia, que obrigou a uma paragem quase total da atividade.
"É evidente que o Estado defendeu os interesses da TAP", respondeu Miguel Frasquilho, a perguntas sobre o facto de a Comissão Europeia ter considerado que a companhia não poderia ser ajudada ao abrigo do quadro temporário de apoio por danos provocados pela Covid-19, quando autorizou outras com maiores dificuldades, como por exemplo a Condor, a fazê-lo.
"A Comissão Europeia olha para uma empresa que teve capitais próprios negativos em 2019" e, tendo em conta o seu historial ao longo dos últimos anos, e"classificou-a como uma empresa em dificuldade"."Infelizmente foi isso que aconteceu", lamentou Miguel Frasquilho. A companhia apresentou capitais próprios negativos de 600 milhões de euros em 2019.
O gestor adiantou que"logo na primeira reunião do grupo de trabalho, a Comissão Europeia considerou que a TAP era uma empresa em dificuldade". E sublinhou que o Estado e o grupo de trabalho fizeram todos os esforços para que fosse outro o caminho escolhido, e que a TAP fosse apoiada ao abrigo do quadro temporário de auxílio por causa da pandemia, uma exceção aberta pela Comissão Europeia.
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