Após seis semanas de violentos protestos contra os resultados eleitorais, o Presidente cessante de Moçambique, Filipe Nyusi, fez um apelo aos candidatos presidenciais para que se juntem numa plataforma de diálogo permanente. Nyusi defende a construção de uma nação mais forte e solidária.
Desde a independência que a vida dos moçambicanos não conhece perspetivas sólidas de melhoria. Talvez a crise que naquele país se instalou, após umas eleições cujos resultados oficiais ninguém aceita, consiga uma mudança de atitude por parte dos políticos moçambicanos.
A polícia moçambicana reprimiu os protestos com violência. Nyusi falou em cerca de vinte mortos, mas os opositores da Frelimo referem mais de meia centena. Mas a Frelimo não conseguiu evitar a guerra civil contra a Renamo, que durou 17 anos. Depois houve em 1992 um acordo de paz, mas em 2013 regressou a guerra civil. A Frelimo, que há muito deixou de ser partido único, mostra-se incapaz de organizar eleições livres e justas. “A Frelimo ganha sempre”, dizem os opositores.
A guerra civil e a instabilidade política têm impedido a economia moçambicana de se desenvolver. Acresce que no Norte do país, em Cabo Delgado, há anos que ataques terroristas fazem frequentes mortos e feridos. As forças armadas moçambicanas têm-se revelado incapazes de dominar os terroristas.
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