Líder social-democrata revela que pediu a António Costa para afastar Graça Mira-Gomes, mas primeiro-ministro segurou embaixadora. Montenegro defende que Galamba não tem condições para ser ministro.
Luís Montenegro exigiu a António Costa que afastasse a secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa , Graça Mira-Gomes, pedido que o primeiro-ministro rejeitou. “Não acedendo, o primeiro-ministro fica isolado e é o único e exclusivo responsável pelas distorções legais e reputacionais dos serviços de informações”, afirmou o líder social-democrata.
Em conferência de imprensa, a partir da sede do partido no Porto, Montenegro prometeu ainda apresentar propostas para alterar a composição do Conselho de Fiscalização das Secretas, órgão atualmente dirigido pela ex-ministra socialista Constança Urbano de Sousa e que acabou por considerar legal a atuação dos Serviço de Informações de Segurança sem nunca ter recolhido o testemunho de Frederico Pinheiro.
Além disso, o líder social-democrata apontou também a João Galamba. “O país tem assistido, atónito, à mais desprestigiante e deprimente degradação institucional de que há memória em Portugal. Os episódios de desrespeito por regras básicas de comportamento político e institucional são abundantes e ferem a credibilidade dos poderes públicos.
Já na fase de perguntas e respostas aos jornalistas, o líder social-democrata foi desafiado a dar o passo em frente e pedir a dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições antecipadas. Montenegro, ainda assim, resistiu, atirando essa questão para Marcelo Rebelo de Sousa e sublinhando que é a favor do cumprimento integral dos mandatos.
“Essa avaliação cabe ao Presidente da República. Há uma maioria que emanou da vontade popular. Temos respeito por isso. Mas o que tem acontecido é que a situação política é de completa paralisia porque o país se vai distraindo caso após caso. E isso tem consequências. Considero que, por princípio, os mandatos devem ser cumpridos”, sublinhou.
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