Contra planos iniciais, governo da AD deve mesmo abdicar de retificativo. No PSD, acredita-se que há folga para acautelar despesa. Equipa de Montenegro acredita que sobrevive pelo menos dois anos.
Luís Montenegro pode mesmo vir a dispensar a apresentação de um Orçamento do Estado retificativo. A ideia estará amadurecida no núcleo duro do líder social-democrata e essa solução – que antes das eleições era descrita como “praticamente inevitável” – já estará quase descartada.
“Não implica prescindir das medidas que estamos a fazer. É uma análise a fazer. O casamento de todos os números com a receita existente e com as autorizações de despesa e sua execução é algo que se terá de analisar e depois, com base nisso, decidir comAntes e durante a campanha eleitoral, Luís Montenegro e destacados dirigentes de PSD e CDS assumiam como “praticamente inevitável” corrigir o Orçamento do Estado de Fernando Medina.
À direita, André Ventura a exigir ter um dedo na escolha de ministros enquanto ameaça chumbar o Orçamento; e a Iniciativa Liberal a pôr-se de fora de um governo para o qual não foi convidada —, a partir do momento em que se tornou matematicamente impossível uma maioria AD+IL que dispensasse o Chega, os liberais estavam automaticamente riscados de um futuro executivo.. Tudo o que se possa dizer nesta altura são especulações.